quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Toda provocação tem uma consequência

Estou farto de ti, cansado das tuas insinuações por mensagem, das fotos inocentes que me mandas quando estás sozinha, e das provocações dissimuladas que fazes, dia sim, dia sim...
É a mim que me queres?
Então é a mim que terás!

Meto-me no carro e sigo em direção ao teu local de trabalho.
No caminho já fico ereto só de pensar em todas as coisas que me apetecem fazer contigo, a vontade que tenho de concretizar tudo o que conversamos até às tantas da madrugada, naquelas noites em que não consegues dormir e me vens tirar do sério, sempre de forma inocente, querendo brincar com o fogo que sabes que despertas em mim.

Hoje ainda não te disse nada, mas tu já me mandaste 3 mensagens a perguntar se está tudo bem, estranhando não te ter respondido.
Quero ver a surpresa na tua cara quando estiver à tua frente, quero ver se vais ter a coragem de cumprir todas as promessas devassas que me sussurras à noite...

Cheguei!
Aguardo pela tua hora de saída do banco onde trabalhas, espero-te impacientemente, mas enquanto isso mando-te uma mensagem a dizer apenas "já falamos..."
Vejo-te sair e caminhar em direção ao carro, agarro-te pelo braço enquanto enfias as chaves na fechadura, viro-te para mim, encosto-te ao carro e beijo-te sem que tenhas reação.
Olho-te nos olhos e sussurro-te ao ouvido "vem, esta noite és minha!"

Entras no meu carro e seguimos sem destino, olhas-me incrédula e receosa com o que está a acontecer, seguro-te a mão e percebo o teu nervosismo.
Encosto na berma da estrada, já conseguindo ver o mar e beijo-te novamente, agora sem pressas, mas pleno de desejo.
Sinto o teu corpo a tremer e a minha mão não resiste a descer até aos teus seios, apertando-os gentilmente e a minha boca abandona os teus lábios, passando pelo teu pescoço (sinto-te arrepiar) até chegar aos teus mamilos, mordiscando suavemente.
A minha mão continua a vaguear pelo teu corpo, querendo confirmar cada curva que havia visto anteriormente nas tuas fotos.
Percorro a tua perna em sentido ascendente, já por debaixo do teu vestido e mesmo por cima das cuequinhas...
Paro por instantes e olhando-te nos olhos, parece que consigo ler o teu pensamento:

"Vai… Avança, estou em brasa desde que li a tua 1ª publicação. Devora-me, faz-me tua, faz-me
suar gotículas de desejo, tesão fervoroso, há imenso tempo que te desejo em pensamento, há
imenso tempo que desejo essas mãos em mim, no meu peito, no meu sexo que arde e anseia
por esse toque, ou essa humidade da tua língua, que em jeito serpenteante me vai fazer delirar
e preparar para a dança que o meu corpo anseia fervorosamente, a dança em que as tuas mãos
seguram as minhas ancas e me devoram o interior com estocadas valentes, bem fundo, com
velocidade... TUA.
Vai… Faz-me tremer de tesão.
Esquece o que se passa lá fora, esquece as ligas que me arrancas tal é a vontade de me teres em ti...
Rasga-me a alma com sussurros de malícia e paixão, mesmo que seja mentira, mas que preciso de ouvir no momento…
E mente para mim, diz-me que nunca tiveste ninguém como eu, mente-me e diz-me que sou incontrolável e que precisas de me domar, prende-me, agarra-me com paixão."


Beijo-te à medida que me vou entrando em ti, encosto só a cabecinha e vou forçando devagarinho para que me sintas a abrir-te, para que sintas cada centímetro meu a penetrar-te, com o mesmo vigor das palavras que antes te conquistaram, que antes te deixaram excitada e ansiosa por me sentir.
Pois sente-me agora, duro, quente, todo dentro de ti, imóvel enquanto te olho nos olhos para que assimiles que isto é real, que já não somos apenas dois corpos separados e unidos por um ecrã, agora somos só um!

Beijo-te e digo-te que agora sim, és minha!

Dizem que as atrações físicas são comuns, que raras são as atrações mentais e esta nossa ligação é de tal forma pura, que o sexo entre nós só podia ser assim, puro, bruto, intenso, nosso!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

A "droga" a quem chamei Amor

Hoje acordei com o teu cheiro em mim!
Não sei como, pois passaram-se meses desde a última vez que te vi, mas o que é certo é que estavas a meu lado ainda antes de abrir os olhos...
Terei sonhado contigo?
Estará o meu corpo a ressacar de ti, como se de uma droga se tratasse?
Mas pensando bem, foi sempre isso que foste para mim! Uma droga viciante, a quem entre alucinações provocadas por orgasmos, eu apelidava de Amor...


Viciei-me em ti, tornei-me dependente do que me davas...
Erradamente, eu sei disso agora, mas as drogas são mesmo assim, libertam-nos as amarras e fazem-nos voar, mas ao mesmo tempo prendem-nos num mundo pequenino, que acaba por nos sufocar e eu que via em ti a minha salvação, percebi que não serias mais que a minha perdição.
Esse teu mundinho era pequeno demais para a imensidão de sentimentos que brotavam em mim...
E hoje, nesta manhã solitária e fria, decides visitar-me sem aviso, tentado aproveitar-te da possibilidade de que o frio que se faz sentir lá fora, habite também dentro de mim.
Mas esqueceste-te que a solidão nunca me amedrontou e que de frio não tenho nada, era eu aliás quem sempre te aquecia as mãos geladas, que me deitava primeiro no teu lado da cama para o deixar quentinho para ti...
Por isso desculpa, mas não voltes.
Nem tu, nem o teu cheiro adocicado!
Vou até trocar os lençóis e de seguida enfiar-me no banho para te tirar de mim... de vez!