terça-feira, 8 de novembro de 2016

A viagem

“Adoro conduzir sem destino, partir à aventura por uma daquelas estradas em terra batida e ver onde me leva” – disse-te isto quando nos conhecemos e hoje estávamos finalmente a fazer uma viagem assim.
Era verão, eu estava de bermudas e t-shirt e tu com um vestido branco com flores amarelas um pouco acima do joelho e estavas a dizer-me que estavas cheia de calor!
Avançando nesta, não resistia em ver como os teus seios saltitavam a cada buraco que passávamos.
Apanhaste-me a olhar para ti mais que uma vez e sorriste de forma matreira, como que gostando de me ver a desejar-te cada vez mais e mais sem te poder tocar…
Levantaste a perna direita, colocando o pé em cima do banco, fazendo o vestido subir e deixar as tuas cuequinhas à mostra.
Ao olhar para ti assim, fiquei ainda excitado e tu reparaste nisso mesmo, pois notava-se por cima das bermudas. Pegaste na minha mão e colocaste-a por cima das tuas cuequinhas, senti-te tão húmida num misto de excitação e suor... puxaste as cuequinhas para o lado e enfiaste um dedo meu dentro de ti.
Enfiei-o ainda mais fundo e tentava dividir a minha atenção entre a estrada e o querer olhar para ti… Retiras o meu dedo de dentro de ti e vejo-te a metê-lo na tua boca, chupando-o enquanto me olhas lascivamente, fazendo a minha imaginação substituir o meu dedo pelo meu membro, que parece querer saltar para fora das bermudas.
Largas-me o dedo e de novo te procuro, numa ânsia descomunal por te sentir, brinco com o teu clitóris e vejo-te a arquear as costas com a excitação, enfio-o dentro de ti e volto a retirar, a tua respiração vai ficando mais pesada, começo a ouvir-te gemer cada vez mais alto e continuo assim durante alguns minutos até que te senti a escorrer na minha mão.
Em seguida colocaste-te de joelhos no teu banco, abrindo os botões das minhas bermudas e fazendo o meu pau saltar para fora bem duro e grosso, de toda a excitação que estava a sentir.
Passaste a língua pela cabecinha, depois agarraste-me nas bolas e começaste a enfiá-lo dentro da tua boquinha. Primeiro um pouco, depois mais um pouco, até que o senti todo dentro da tua boca e te ouvi engasgar.
Tiraste e voltaste a chupar-me bem lentamente, começaste a aumentar o ritmo e eu estava louco de desejo e começava a ficar cada vez mais difícil concentrar-me na condução!
"Para" - disseste-me ao ouvido. Encostei na berma da estrada, saíste e foste para a frente do carro, levantaste o vestido e tiraste as cuequinhas.
Saí também e coloquei-me à tua frente, agarrei-te pela cintura e sentei-te em cima do capô, enrolaste as tuas pernas em mim e disseste-me: "quero-te aqui e agora".
Com as pernas puxaste-me para ti metendo o meu caralho de uma só vez todo dentro de ti.
Tiraste-me a t-shirt e começaste a beijar-me o peito, sentia o calor do sol a bater-me nas costas, mas não se comparava ao calor que sentia dentro de ti.
Coloquei uma mão na tua cintura e com a outra agarrei-te o cabelo na nuca, investindo ainda mais vorazmente contra ti e nessa altura já não gemias, já gritavas sem te importares sequer se passava algum carro, ou que alguém pudesse estar a observar-nos.
Depois saíste de cima do capô, apoiaste as mãos no carro e viraste-te de costas para mim empinando o rabinho.
Levantei-te o vestido e antes que pudesses dizer o que fosse, já eu estava dentro de ti! Sentias as minhas bolas a baterem-te com força, quase tanta quanto a das palmadas que te dava e agarrei-te os cabelos puxando um pouco para mim, enquanto me suplicavas que te fodesse.
"Não pares, não pares, estou quase" - disseste tu.
O prazer era mútuo e as tuas palavras ainda me excitaram mais, aumentei o ritmo e gozamos ao mesmo tempo.
Ficamos imóveis durante um tempo e sentia o meu sémen a escorrer-te pela perna, saí de dentro de ti, agarrei-te pela cintura puxando-te contra mim e ficamos a beijar-nos durante alguns minutos até que resolvemos seguir viagem, antes que aparecesse algum carro.
“Temos ainda muitos quilómetros pela frente” – disseste-me enquanto te dirigias para a tua porta com um sorriso maroto…
Temos sim minha menina, temos sim…

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Eternamente teu...

Sinto a tua falta, não sei viver sem ti…
Tentei guardar em mim tudo o que sinto, mas não aguento mais…
Tive a sorte de te encontrar num jantar de amigos em comum, fiquei parvo com o teu sorriso e apaixonei-me por ti da primeira vez que te riste de uma piada minha, não mais tirei os olhos de ti e nessa noite pedi para te acompanhar até ao carro, acabamos a conversar até ao amanhecer sentados num banco de pedra na Ribeira e aí demos o primeiro beijo, mesmo antes de ires embora e me dizeres: "há noites que merecem terminar assim", mas eu sabia que aquele beijo não era o culminar de uma noite, mas sim o nascimento de um novo dia, de uma nova história, a nossa história.
Não tivemos uma vida inteira pela frente, mas sei que me deste tudo, não tudo o que queria, mas tudo o que eu precisava mesmo sem o saber! Devolveste-me o sorriso perdido em tempos, obrigaste-me a iniciar projectos que estavam guardados na gaveta, fizeste de mim o homem que sou hoje, um homem melhor, fizeste-me ter coragem para dizer que tinha namorada, que me tinha deixado daqueles engates que já sabia à partida que não iam funcionar, fizeste de mim o teu homem e de um momento para o outro partiste…
Escrevo isto com as lágrimas a caírem-me pelo rosto...
A merda do cancro levou-te para longe de mim, para longe dos nossos planos e sonhos, fiquei sem os teus sorrisos, sem os teus beijos, sem os teus abraços… ai os teus abraços, o quanto sinto falta deles, o quanto precisava de um dos teus abraços agora meu amor….
Daria tudo por mais um dia contigo, mesmo que não fosse um daqueles nossos dias perfeitos a ver séries deitados no sofá e a comer porcarias que engordam toda a gente menos a ti, ou um dia mais naquele nosso refúgio perfeito em Montargil, não precisava de ser um dia desses, podia ser um daqueles dias em que estás a dormir na cama do hospital e eu passo horas a fio a olhar-te, a gravar em mim cada detalhe do teu rosto, esse rosto que mesmo quando estavas consumida pela doença, continuava a ser o mais belo do mundo!
Estás aí deitada a dormir e eu olho para ti e vejo a menina-mulher por quem me apaixonei, o que sinto não se desvanece na doença, tal como a tua essência continua a contagiar toda a gente à tua volta.
Prova disso, são as enfermeiras a quem animas com as tuas piadas mórbidas, são os familiares e amigos que não sabem o que te dizer, porque ninguém sabe lidar com isto e a quem tens sempre uma palavra amiga e um tema de que ninguém se lembrava, para que eles não se sintam incomodados pela tua doença… eu só os quero esmurrar por virem para aqui com aquelas caras, como se já tivesses partido, mas aguento e fico calado, porque tu me olhas com esses teus olhos grandes, aqueles olhos castanhos que me enfeitiçaram desde o primeiro dia e que me ensinaram que o tempo que temos juntos é precioso demais para eu o desperdiçar a tentar mudar os outros.
Dizem-me que será melhor quando partires, porque deixarei de estar preso, mas será que esses filhos da puta não entendem que tu não me prendes? Que tu me libertas, que fazer planos contigo é voar pelo mundo num piscar de olhos? Que agora que partiste é que estou preso, preso a tudo o que queríamos e não teremos, preso a um futuro que não vai acontecer, preso a memórias que continuam a ser o que de mais precioso tenho… Que também eu morri por dentro, quando tu partiste? Que me sinto vazio quando acordo e estico o braço e tu não estás na nossa cama? Ou quando estou a colocar a mesa para o jantar e ainda hoje coloco dois pratos sem pensar... Que no carro ainda está memorizada a Smooth FM, porque era a rádio que mais gostavas de ouvir nas nossas viagens longas... Será que não entendem que tu não me prendias, mas que me libertaste em pleno, sem medos, cheio de sonhos e sorrisos, será que não entendem?
Mesmo sabendo que não voltarás mais, sei que preciso de ti minha princesinha, não consigo nem quero deixar-te partir. Passaram-se meses e todos me dizem para seguir em frente, mas como faço eu isso? Como sigo em frente se o melhor de mim ficou contigo? Se falta uma parte de mim, como caminho eu por esta estrada escura e que eu não sei onde vai dar nem como iluminar?
Odeio-te por teres partido sem mim, tal como te odiei no dia em que me disseste que tinhas desistido de lutar contra esse monstro.
Odiei-te apenas por egoísmo, eu sei... Um egoísmo infantil e desesperado, por não aceitar perder-te, mas sei que no fundo não desististe, lutaste com tudo o que tinhas e resolveste apenas aproveitar a vida que nos restava, com mais coragem do que eu alguma vez teria tido… e amo-te por isso!
No dia em que te conseguir deixar ir, não penses que te esquecerei, ou que deixo de te amar… nesse dia, apenas aprendo a guardar em mim tudo o que sinto.
E quando te relembrar como um pedaço de mim que já não mora aqui, serás sempre uma memória doce e quente...
Guardarei em mim as memórias da minha amada, da minha namorada, da minha parceira de jogos, da minha companheira de noites passadas na cozinha a namorar enquanto preparávamos o jantar, ou os preparativos de mais uma viagem e guardo em mim a minha confidente, a minha melhor amiga, a minha menina… guardo em mim aquela imagem que vi quando acordei pela primeira vez a teu lado e te vi sair da cama, a vestir a minha camisa, olhar para mim e sorrir, o sorriso mais puro, belo e maroto que eu alguma vez vi... e nesse momento eu soube que seria eterno… e hoje, mesmo sem te ter a meu lado, eu sei que assim será.

Eternamente teu…