sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

O banho

Acordo e vejo-te ali deitada a meu lado, fico a olhar-te por uns momentos, tens vestida aquela t-shirt preta que trouxeste de Amesterdão e uma das muitas cuequinhas de renda que eu tanto gosto de ver em ti.
Penso para mim em como sou sortudo e apesar da muita vontade, decido não te acordar.
Dou-te um beijo suave na testa e vou ao banho, hoje o dia vai ser longo e adoro a sensação da água bem quente a cair no meu corpo, para me ajudar a despertar.
Ligo o Spotify e o Alex Clare começa a fazer-me sorrir com o Addicted To Love.
De repente a porta abre-se e tu juntas-te a mim sem dizer uma só palavra, olho-te nos olhos e vejo o teu olhar maroto enquanto te posicionas debaixo do chuveiro e colocas as mãos no meu peito.
Consegues sentir a água a bater nos nossos corpos enquanto estamos já bem colados um no outro?
Com as mãos entrelaçadas, olhos nos olhos enquanto os nossos lábios se aproximam para o primeiro beijo.
Aquele primeiro beijo que dá início de tudo, a todas as sensações, a todos os delírios, vontades e desejos… até que os olhos se fecham e os lábios finalmente se tocam.
Segundos depois os lábios separam-se e perguntas-me porque não te acordei antes de sair da cama.
Respondo que sabia que estavas cansada e quis deixar-te dormir um pouco mais enquanto olhava para ti.
“ – Gostas de olhar para mim?”
“ – Adoro!”
“ – Vais adorar ainda mais de me sentir…”
A tua provocação funciona na perfeição e num ápice já sentes a minha mão na tua cintura a puxar-te para mim.
Sentes a descair em direção ao teu rabinho?
Aperto-o suavemente e tinhas razão... adoro!
Deslizo a mão pela tua anca e sinto-te molhada, não só pela água que nos molha e aquece, mas sinto a tua líbido ao rubro, passo um dedo pelos teus lábios, abrindo-os devagarinho e vou brincando com o teu clitóris.
Sentir-te assim deixa-me ainda mais excitado e com a outra mão agarro-te pelos cabelos e puxo-te a cabeça para trás beijando-te o pescoço, desço até aos seios e mordisco-te os mamilos completamente eretos.
Sentes-me a crescer colado ao teu corpo e com uma mão, procuras-me até me sentires bem duro com toda a excitação que assola o meu corpo.
Ainda a agarrar-te os cabelos, faço-te descer até me receberes na tua boca ávida de mim, enquanto a água te cai na cara.
Abocanhas-me por completo e ouço-te a engasgar e esse som dá comigo em doido, fico ainda mais excitado, o tesão que me dás não deixa de crescer...
Quero retribuir o gesto e levanto-te ao mesmo tempo que me ajoelho, levanto-te uma perna e coloco-a por cima do meu ombro permitindo à minha língua beber a água que escorre por ti.
Mas já não é só água, sinto o teu sabor e é tão bom que podes esquecer o pequeno-almoço porque não quero beber mais nada o dia inteiro.
Deslizo a língua por ti, de baixo para cima e de cima para baixo. Sentes a ponta da minha língua a brincar com o teu clitóris?
Sentes ao mesmo tempo os meus dois dedos a abrirem-te? A entrarem dentro de ti, até os sentires bem lá dentro?
" - Não são os teus dedos que quero amor... Possui-me, faz-me tua como só tu sabes. Dá-me o prazer de sentir o meu Dono, faz de mim a tua putinha como eu tanto gosto", murmuras enquanto me puxas pelos cabelos, fazendo com que me levante.
Viro-te de costas para mim e encosto-te contra o vidro, afasto-te as pernas e entro todo em ti, de uma só vez.
Duro e grosso como tu gostas, a tocar-te bem lá no fundo. Afasto-te as nádegas com as mãos, abrindo-te ainda mais e enterrando-me em ti vigorosamente.
Fazes força contra o vidro e projetas o teu corpo ainda mais contra mim, agarro-te pela cintura e cada estocada minha vai-se tornando mais intensa e continua assim, cada vez mais rápido, cada vez mais fundo, cada vez mais bruto, de tal forma que te sinto a contrair de cada vez que entro em ti e isso torna-te ainda mais apetecível...
Com uma mão, agarro-te os cabelos e a outra ganha vida própria e decide marcar-te, dando-te uma palmada na nádega.
Sinto-te quase a fraquejar, mas aguentas a palmada como a menina forte que sei que és, mesmo que a marca vermelha da mão que te marcou já esteja bem visível.
Viro-te para mim e olho-te nos olhos enquanto volto a entrar em ti e vejo no teu sorriso o ar de satisfação que tens em sentir-me.
Levantas uma perna e envolves-me com ela, eu levanto-te a outra e seguro-te em redor da minha cintura, encostando-te contra o vidro.
As minhas mãos seguram-te pelas nádegas e fazem-te cair em cima de mim antes de te levantarem de novo...
Os nossos olhares estão enfeitiçados um pelo outro e não se desviam por um segundo que seja.
O ritmo volta a aumentar e coloco a mão no teu pescoço, apertando ligeiramente à medida que nos aproximamos do orgasmo.
Deslizo a mão para a tua nuca e encosto a tua cabeça à minha, narizes alinhados nesta disputa de olhares, com a água a escorrer-nos pelo rosto, até que te sinto a latejar e as tuas unhas se cravam nas minhas costas no exato momento em que te encho de mim e nos beijámos antes de repousares a cabeça no meu ombro.
Ficas assim por uns momentos, até a respiração deixar de ser ofegante e olhando-me nos olhos, ainda com as pernas enroladas na minha cintura, passas a mão pelo meu cabelo e dizes apenas:
" - Quero tomar banho contigo todas as manhãs."
" - Terás de mudar-te para cá então.", respondo eu...